Será que todas as mulheres sentem a mesma coisa quando se casam?
Medo de estar entrando num buraco sem luz e sem saida.
E se não acabar bem?
E se daqui a 10 anos eu estiver aqui ainda, chorando pelos mesmos problemas, ou pior, nem chorando mais por estar calejada e acomodada.
Talvez eu devesse ser como aquelas mulheres fortes e feministas, que se sustentam sem marido e são muito felizes, obrigado.
Me imagino assim as vezes. Morando em uma casinha tranquila, pequenininha e aconchegante. Eu e minha filha. Trabalhando pra sustentar nos duas, e vivendo em paz.
É um sonho muito bom..
Bom até demais pra mim.
Comigo o buraco é mais em baixo.
Já ouviu falar da Lei de Murph?
"Nada está tão ruim que não possa piorar"
Pois é.. Vale pra mim.
Tenho tanto medo de ter tomado o caminho errado e meu futuro lindo e feliz está perdido em algum lugar do tempo esperando por mim.
Mas talvez eu nunca chegue lá.
Eu, sou apenas o eco estridente, ás vezes brando, da nossa vida que grita dentro de mim.
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Obrigado pela visita!
Esperancês é o meu idioma.
- Camila
- Brazil
- Tenho 24 anos. Sou mãe de primeira viagem. Não fiz faculdade. Nunca visitei outros países. Gosto muito de ler, mas tenho uma dificuldade enorme em escolher um livro na livraria, e acabo voltando de mãos vazias ou com 5 de uma vez só. Minha vida é comum. Nada de muito extraordinário,exceto por um passado frio e sombrio que carrego na bagagem: Fui vitima de Abusos Sexuais na infância. E hoje 20 anos depois do primeiro abuso, consigo partilhar minhas dores de forma plena e aberta. Além disso, sou casada a 2 anos com o homem por quem me apaixonei a 4 anos atrás. Um homem lindo.Com um coração gigante, doce e carinhoso. Ele é dependente químico a 8 anos. Eu amo meu marido. E estou caminhando com ele rumo a Nossa Recureração. A droga não pode ser maior que o amor que nos une. Este Blog além de ser sobre a Dependência Química do meu amado, sobre minha Codependência e sobre Violência Sexual, é uma maneira de partilhar essas experiências doloras. Que alguém aí fora se identifique e saiba que não está sozinho.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
Minha experiência com as drogas.
Quando conheçi meu marido nunca tinha chegado perto de droga.
Eu era do tipo Garota da Malhação (aquela novela teen da globo), super conciêntizada e nem queria saber disso.
Como morava sozinha aos 17 anos, vivia nas farras com os amigos, um porre aqui, outro ali, mas nada demais.
Até que eu o conheçi.
Tão bonito.
Calmo, carinhoso, dedicado e suave.
Tudo que queria e precisava.
Algumas pessoas me diziam que ele usava drogas mas ele me dizia que isso era coisa do passado. Ele não usava mais.
Acreditei e não desconfiei de nada já que não tinha experiência com isso, não sabia ver os sintomas.
Pra fazer ele me contar, eu mentia e dizia que já havia usado também, mas a muito havia parado.
Achei que assim, conquistaria a confiança dele e ele me contaria. Mas ele era relutante e dizia que não mexia mais com isso.
Eu trabalhava com um rapaz que usava cocaína, eramos amigos e ele me contava como era pra eu poder mentir melhor e encrementar minhas histórias mirabolantes sobre meu uso de drogas de mentirinha.
Quando namoravamos a 8 meses, fomos a uma festa de um amigo dele (como sempre, saiamos muito).
Não me lembro como, mas o assunto surgiu.
Me lembro apenas dele me oferecer. Neguei, neguei e neguei.
Mas não sei onde, em que parte de tudo isso eu cedi.
Nós fomos ao banheiro, ele tirou a capsula de cocaína do bolso (ele nunca tinha parado de usar, eu é que não sabia) jogou o pó em um lugar da pia, separou duas carreirinhas e disse "VAI!".
Não sabia oque fazer!!
Ele me entregou uma nota enrolada em formato de canudo e eu fiquei olhando pra ele surpreendida.
Nem sabia como fazer aquilo.
Achava que ia começar a espirrar e ele ia saber que eu nunca tinha feito aquilo.
E eu usei.
Lembro-me de depois voltar ao banheiro, me olhar no espelho e pensar: " SUA DROGADA!! .. OQUE FOI QUE EU FIZ, MEU DEUS!!"
Fui sentindo os efeitos aos poucos, e gostei doque sentia, sem que aquele dia mudaria o resto da miha vida.
Apartir desse dia usava sempre. No começo, toda semana, aos fins de semana.
Após alguns meses 2 ou 3 vezes por semana.
Perdi peso, fiquei feia.
Era magérrima, mas dava pra ver que não era saudavel.
Meu cabelo ficou horrível. Tinha os cabelos vermelhos, bem vermelhos, quase rosa.
Era meu xódo!
Eu era uma mulher bonita. Lábios grandes, cabelo sempre brilhoso, bem vestida.
Depois das drogas vivia largada. De balada em balada, sem mal lembrar do que aconteceu na noite anterior.
Eramos companheiros pra tudo!!
Até nas drogas.
Saiamos de madrugada pra comprar mais, sem nos dar conta dos perigos.
Nos sentiamos poderosos.
Perdi meus amigo porque achava que eles eram chatos e sem graça.
Minha mãe ficou grávida de novo e eu nem liguei, a vi apenas algumas vezes.
Perdi meu emprego, porque não conseguia trabalhar no dia seguinte.
Como eu me envergonho disso. Logo eu, que morava sozinha, tinha orgulho da minha independência, perdi meu emprego.
Ele não perdeu porque trabalha com o pai, então..
E eu vivi assim por 1 ano e meio.
Não parece muito tempo comparado a ele que usa a 7 anos, ou a tantas outras pessoas que sofrem por isso.
Mas eu sofri e muito.
Adiquiri uma timidez que eu nunca tive, sempre fui muito extrovertida.
Mas hoje ninguem pode olhar pra mim que fico vermelha, como se estivesse mentindo o tempo todo..
É constrangedor.
Virei outra pessoa, não me pergunte quem porque eu não sei.
QUEM EU SOU ODEIA OQUE EU ME TORNEI.
Eu era do tipo Garota da Malhação (aquela novela teen da globo), super conciêntizada e nem queria saber disso.
Como morava sozinha aos 17 anos, vivia nas farras com os amigos, um porre aqui, outro ali, mas nada demais.
Até que eu o conheçi.
Tão bonito.
Calmo, carinhoso, dedicado e suave.
Tudo que queria e precisava.
Algumas pessoas me diziam que ele usava drogas mas ele me dizia que isso era coisa do passado. Ele não usava mais.
Acreditei e não desconfiei de nada já que não tinha experiência com isso, não sabia ver os sintomas.
Pra fazer ele me contar, eu mentia e dizia que já havia usado também, mas a muito havia parado.
Achei que assim, conquistaria a confiança dele e ele me contaria. Mas ele era relutante e dizia que não mexia mais com isso.
Eu trabalhava com um rapaz que usava cocaína, eramos amigos e ele me contava como era pra eu poder mentir melhor e encrementar minhas histórias mirabolantes sobre meu uso de drogas de mentirinha.
Quando namoravamos a 8 meses, fomos a uma festa de um amigo dele (como sempre, saiamos muito).
Não me lembro como, mas o assunto surgiu.
Me lembro apenas dele me oferecer. Neguei, neguei e neguei.
Mas não sei onde, em que parte de tudo isso eu cedi.
Nós fomos ao banheiro, ele tirou a capsula de cocaína do bolso (ele nunca tinha parado de usar, eu é que não sabia) jogou o pó em um lugar da pia, separou duas carreirinhas e disse "VAI!".
Não sabia oque fazer!!
Ele me entregou uma nota enrolada em formato de canudo e eu fiquei olhando pra ele surpreendida.
Nem sabia como fazer aquilo.
Achava que ia começar a espirrar e ele ia saber que eu nunca tinha feito aquilo.
E eu usei.
Lembro-me de depois voltar ao banheiro, me olhar no espelho e pensar: " SUA DROGADA!! .. OQUE FOI QUE EU FIZ, MEU DEUS!!"
Fui sentindo os efeitos aos poucos, e gostei doque sentia, sem que aquele dia mudaria o resto da miha vida.
Apartir desse dia usava sempre. No começo, toda semana, aos fins de semana.
Após alguns meses 2 ou 3 vezes por semana.
Perdi peso, fiquei feia.
Era magérrima, mas dava pra ver que não era saudavel.
Meu cabelo ficou horrível. Tinha os cabelos vermelhos, bem vermelhos, quase rosa.
Era meu xódo!
Eu era uma mulher bonita. Lábios grandes, cabelo sempre brilhoso, bem vestida.
Depois das drogas vivia largada. De balada em balada, sem mal lembrar do que aconteceu na noite anterior.
Eramos companheiros pra tudo!!
Até nas drogas.
Saiamos de madrugada pra comprar mais, sem nos dar conta dos perigos.
Nos sentiamos poderosos.
Perdi meus amigo porque achava que eles eram chatos e sem graça.
Minha mãe ficou grávida de novo e eu nem liguei, a vi apenas algumas vezes.
Perdi meu emprego, porque não conseguia trabalhar no dia seguinte.
Como eu me envergonho disso. Logo eu, que morava sozinha, tinha orgulho da minha independência, perdi meu emprego.
Ele não perdeu porque trabalha com o pai, então..
E eu vivi assim por 1 ano e meio.
Não parece muito tempo comparado a ele que usa a 7 anos, ou a tantas outras pessoas que sofrem por isso.
Mas eu sofri e muito.
Adiquiri uma timidez que eu nunca tive, sempre fui muito extrovertida.
Mas hoje ninguem pode olhar pra mim que fico vermelha, como se estivesse mentindo o tempo todo..
É constrangedor.
Virei outra pessoa, não me pergunte quem porque eu não sei.
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