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Tenho 24 anos. Sou mãe de primeira viagem. Não fiz faculdade. Nunca visitei outros países. Gosto muito de ler, mas tenho uma dificuldade enorme em escolher um livro na livraria, e acabo voltando de mãos vazias ou com 5 de uma vez só. Minha vida é comum. Nada de muito extraordinário,exceto por um passado frio e sombrio que carrego na bagagem: Fui vitima de Abusos Sexuais na infância. E hoje 20 anos depois do primeiro abuso, consigo partilhar minhas dores de forma plena e aberta. Além disso, sou casada a 2 anos com o homem por quem me apaixonei a 4 anos atrás. Um homem lindo.Com um coração gigante, doce e carinhoso. Ele é dependente químico a 8 anos. Eu amo meu marido. E estou caminhando com ele rumo a Nossa Recureração. A droga não pode ser maior que o amor que nos une. Este Blog além de ser sobre a Dependência Química do meu amado, sobre minha Codependência e sobre Violência Sexual, é uma maneira de partilhar essas experiências doloras. Que alguém aí fora se identifique e saiba que não está sozinho.

sábado, 25 de agosto de 2012

Ser Feliz e ser Felicidade



O desejo mais desesperado de todo ser humano. Alvo de buscas infindáveis.
Titulos de romances água com açucar e novelas das 9. Sempre que alguém te pergunta: Qual seu maior desejo?
Certamente você responde: Ser feliz! =]

Dizem que a felicidade se apresenta para cada um em uma forma.
Para alguns, ser feliz é ter muito dinheiro e poder viajar o mundo, poder oferecer aos filhos oque o mundo tem de melhor.
Para outros, ser feliz é ter um amor verdadeiro e pleno. Alguém com quem a vida possa ser divida e multiplicada atrávez de lindos filhos. É envelhecer com dignidade e cumplicidade. Que o tempo torne esse laço 'marido/esposa' ainda cada vez mais estreito.
Que apesar de tantas diferenças o maior diferencial seja a vontade de estar juntos.

Cada um tem seu ideal de felicidade. O meu vem mudando de acordo com as estaçoes do ano. Rsrsrsrs...

Esses dias vi no Blog da Kel: a diferença entre ter esperança e ter expectativa.

A expectativa quer antecipar o resultado que nos é 

mais favorável. A esperança espera sabendo que vai 

acontecer sempre o melhor para quem vive na fé em 

Deus.





E a maioria de nós tem muito mais expectativas que esperança.
Queremos oque nos é de direito.
O direito de sermos respitados. De sermos ouvidos e compreendidos.
O direito a viver em paz..

Mas escolhemos um caminho diferente das demais pessoas.
Estar ao lado de um dependente químico é abrir-se à um mundo completamente novo.
Nada aqui é concreto. Oque é hoje, amanhã pode não ser mais..
Os planos são frustrados, os sonhos são anulados.
Descobrimos que junto com a dependencia dos nossos amados, ganhamos de brinde uma doença para nós mesmas. A copendencia.
Mas também ganhamos a mania feia (mas é claro que falo por mim) de colocar toda culpa emcima dessa tal codependencia. 
Entende-se que é uma doença da mente e do coração. Que é patológico.


Não sei se consigo separar  a CAMILA normal que eu sempre fui.. da  CAMILA CODEPENDENTE.
Será que no fundo elas não são a mesma pessoa. E SEMPRE foram uma só.
As vezes fico na duvida, sabe?
E acho que a grande maioria é assim.

Mas antes de conhecer seu dependente, quantas pessoas iguais a você, você conheceu?
Eu conheci minha mãe, minha sogra..

Minha mãe esta casada a 18 anos com um homem doente. Que nunca a respeitou. Ele já à traiu com 2 tias minhas (irmãs de minha mãe), com umas 3 vizinhas (que eu me lembre). Quando minha mãe estava gravida do meu irmão mais novo, que hoje tem 1 ano e 11 meses, ele arrumou outra e saiu de casa. Chegou até a dar um soco na minha mãe, que ficou com olho roxo quando estava gravida de 6 meses. Pouco antes do fim da gravidez, ele se arrependeu e voltou pra casa. Minha mãe o aceitou de braços abertos como sempre. Entendo a situação dela, gravida do sexto filho, com emprego que pagava mal, com mais 3 pra cuidar (eu e minha irmã de 20 anos já haviamos saido de casa). Bem.. isso não são argumento sólidos, com base em tuuuudo que ele já fez ela sofrer. Mas na cabeça dela sim. Ele é o homem que ela ama e ele o aceita de qualquer forma.

Ela tem todos os sintomas e trejeitos de uma codependente. Mas só com o ele, pois com os filhos, ela é fria e negligente.

- Caso número 2:

Minha sogra esta casada a 30 anos. Seu marido é o homem mais trabalhador que eu já vi na vida (queria muito que meu marido tivesse herdado essa qualidade dele). Ele é carinhoso com ela, custia suas vontades, lhe dá dinheiro, cartões de crédito. É amoroso e companheiro.
Numa conversa a uns anos atrás ela me confidenciou que nem sempre foi assim.
Ele só adotou essa postura quando a idade e a maturidade foram chegando. 
 Até uns 6 anos atrás, não era assim. Ela se casou aos 18. Foi mãe aos 19. Aos 23 tinha 2 filhos. O marido sempre foi imaturo e ausente.
Ele nunca parava em casa e tinha varios casos com mulheres na rua!

Ela suportou tudo calada e sozinha.. na esperança de que um dia ele fosse acordar e enxergar a família maravilhosa que eles tinham.
Hoje ele tem 54 anos, ela 45.

E ela me diz:-- Valeu a pena. Hoje vivemos em paz, e eu não abri mão do meu casamento, fui uma mulher sábia.
(ela é evangélica e acredita que uma vez casados, TEM de ser pra sempre).
Ela foi tão codependente do marido, quanto é hoje com o filho.

Posso falar a real???
Discordo COMPLETAMENTE!!

Eu não quero estar numa relação auto-destrutiva por 20 anos, pensando que quem sabe um dia eu seja feliz. Que um dia ele vai largar as drogas..Que meu marido me trate com respeito. Que le me ame como um dia eu desejei nos meus sonhos de adolescente.
Eu só vou ser feliz quando meu marido se recuperar.?? 
NÃO eu quero ser feliz hoje. 
Agora!!

E é isso que nos falta entender (mas uma vez, falo por mim).
Quando eu me dispus a dizer: ELE É DEPENDENTE QUIMICO? MESMO ASSIM EU VOU FICAR E LUTAR!!

Não quis dizer: VOU SOFRER, CHORAR E ME REMOER EM ANGUSTIA ATÉ VOCÊ SE RECUPERAR TÁ, AMOR??!

Eu me pré-dispus a entender que ele tem uma doença. Que ele precisa de tratamentos, medicações, internações e apoio.
Meu papel como esposa e mulher que ama, nada mais é o de segurar sua mão e o acompanha-lo nessa jornada. Com todas as consequencias e tristezas que isso trouxer. Quando se está casada, namorando ou se é mãe de um DQ a dor dele reflete em você. Os erros dele respingam na sua casa, nas contas à pagar, na ausencia com os filhos, na falta de amor com você.

Mas como todo ser humano, temos limites.
Talvez, antes de estarmos com um DQ nunca precisamos encontrar esse ponto de equilibrio, por nunca estarmos em situações tão catastróficas. Mas hoje temos a oportunidade de tirar algo de bom dessa fase das nossas vidas. Ver o quanto eu amadureci com esse furacão silencioso.

Enxergar o quanto eu sou corajosa. Que sou muito mais inteligente do que me imaginava. Capaz de estudar e lidar com uma coisa tão complexa.
A minha imensa capacidade de amar. (porque amor é assim mesmo, bobo e carente)
A minha sede de ser feliz.
A imensa alegria e valor que vejo em pequenos momentos de paz (ja que eles são tão raros)
Meu, até um blog eu criei!! rsrsrs
O quão paciente eu posso ser (ao contrario do que eu sempre afirmei)
E a parte explosiva, firme e dona de si existe aqui dentro. E sabe que eu me orgulho dessa parte?
As pessoas sempre disseram que eu sou calminha, abnegada.. mas é porque sou meiga, falo baixo, toda simpatiquinha. E como as pessoas tem mania de psicanalista já me rotularam de 'poço de calma'.. fico imaginando o que os outros falam de mim:'com aquele jeito de sonsa, pensa que engana alguém'..(isso eu já fiquei sabendo que falam de mim mesmo)rsrsrs

Bom.. mas voltando ao ponto onde eu estava (....)

Descobri que sou capaz de muito mais.
Que SOMOS capazes de muito mais.

Aprendermos que podemos sim ser felizes HOJE!
Mas como ser feliz se o homem que deveria me amar e proteger prefere cheirar uma carreira de cocaína do que ir ao cinema comigo ou levar nossa filhinha ao parque??

Aí que está, amiga.
Meu padrasto é pedófilo, infiel, arrogante, grosso e violento. E olha que ele não usa drogas.
Milhares de homens aí fora, tem milhares de defeitos iguais ou piores que o seu adicto. A diferença é que as drogas tiram a capacidade de discernimento e sentimentalismo real dele. Ele vive em um mundo e você em outro.. Ou encontramos uma maneira de unificar esses mundos ou vamos continuar dando muru em ponta de faca.

Meu marido tem milhõõõões de defeitos irritantes!!
Mas irritantes mesmo!!!!
E eu sismo em dizer que é por causa das drogas. Mas não é. Ele é assim. Chatinho, prepotente, preguiçoso, irresponsável..
Assim como eu também tenho bilhares de defeitos.

Mas acho que a magia do casamento é essa.
A mutua aceitação.  
A unica coisa que eu não tolero é que ele se drogue em quanto estiver comigo. Ainda estou na fase da paciência. Procurando alternativas, clinicas..
Me propondo a permanecer no barco, remando com ele e nossa filhinha no meio de nós dois.

Mas apartir do momento em que EU, CAMILA perceber que: Pronto, meu limite é aqui.
Não vou dizer que é culpa da codepencia que me forçou a ficar, a fazer papel de mãe e de babá.
Eu fiquei por amor e esperança (não expectativa) em ter uma familia unida.
Se ele não quer o mesmo. Não posso fazer nada.

Todos nós merecemos sermos felizes!! Cada um à sua maneira, mas todos plenamente.






terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um dia de cada vez

Meu esposo parece estar limpo essa ultima semana.
PARECE.. mas eu não me dou o direito de acreditar e me magoar novamente.
Palavras não me convencem, sorrisos muito menos.

Ele perdeu a matricula no CAPS. E não voltou mais pra tentar voltar ao Grupo.
Diz que nunca dá tempo, que está cheio de serviço e blá blá blá..

A mão dele abaixou a guarda e já não fala sobre o tratamento.. ela está aqui todos os dias, vendo como ele está, se está usando e tudo mais..

Como prometi à mim mesma a um mês atrás: Estou me policiando..
Entendo que a mudança deve começar aqui, dentro de mim.. E estou trabalhando nisso. Estou tentando entender que cada pessoa é uma pessoa e eu não posso controlar os sentimentos e atitudes de ninguém.

Não sou falsa.. não é nada disso.. Adoro minha sogra. Ela é boa pessoa, generosa, amiga.. sempre me ajuda quando procuro por ela..ama minha filha de paixão!

Mas quando se trata do meu marido... aff.. tenho vontade de esganar ela!
Ela trata ele como se fosse uma criança. Está sempre aqui passando a mão na cabeça dele e arrumando justificativas pra todas as cagadas dele.
Posso ser sincera?
Entendo que mãe é assim mesmo. E que isso me incomoda porque minha mãe está longeeeee de ser assim: prestativa e amorosa.

Mas oque eu queria que ela entendesse é que o filho dela está metido com uma doença que foge aos limites do amor materno. Ontem ela me disse que não gosta de ficar falando á ele como ela sofre com tudo isso, porque ele já está passando por problemas demais pra ela despejar mais essa culpa em cima dele.
Pensei comigo: AFFF.. COMO ELA QUER QUE ELE ENTRE EM RECUPERAÇÃO SE POUPA ELE DAS CONSEQUÊNCIAS???

Ela devia ser a primeira a estar aqui, exigindo que ele procure uma clinica, pedindo que ele faça exames toxicológicos de tempos em tempos para provar que ele está limpo, como diz estar. Já que ele não quer que o pai saiba, ela devia usar isso como ponto de apoio.

Eu sou mais agressiva quando se trata desse assunto. Não consigo simplesmente ficar sentada vendo ele se destruir.. embora eu tenha plena consciência de que não depende de mim, que tudo depende dele e que minha obrigação é com a MINHA recuperação.
Mas se eu sei que posso fazer alguma coisa, porque não fazer?

Ele está na mesma.. e eu estou caminhando a passos de tartaruga na minha jornada contra minha impaciencia e mania de tentar controlar os sentimentos das pessoas.


Orem por mim.. to precisando.
E muito!

#tocomraiva

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tijolo por tijolo


Ela vive em um conto de fadas
Em algum lugar muito longe para nós encontrarmos
Esqueceu o gosto e o cheiro
de um mundo que ela deixou para trás
"É tudo sobre a exposição da lente"
Eu disse a ela 


Os pontos de vista estavam todos errados
Agora ela está arrancando suas asas de borboleta
Mantenha seus pés no chão
Quando a cabeça está nas nuvens
Bem, vá pegar sua pá
E nós vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo, enterrar o castelo
Vá pegar sua pá
E nós vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo, enterrar o castelo

Então, um dia, ele a encontrou chorando
Enrolada no chão sujo


Seu príncipe finalmente veio para salvá-la
E o resto você pode descobrir


Mas era um truque e o relógio marcava meia-noite
Bem, certifique-se de construir a sua casa tijolo por tijolo chato
Ou a do lobo vai assoprá-la e derrubá-la
Mantenha seus pés no chão
Quando a cabeça está nas nuvens
Bem, vá pegar sua pá
E nós vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo, enterrar o castelo
Vá pegar sua pá
E vamos cavar um buraco profundo
Eu quero enterrar o castelo, enterrar o castelo
Bem, você construiu um mundo de magia
Porque a sua vida real é trágica
Sim, você construiu um mundo de magia
Se não é real
Você não pode segurar em suas mãos
Você não pode sentir com seu coração
E eu não vou acreditar
Mas se é verdade
Você pode ver com seus olhos
Oh, mesmo no escuro
E é aí que eu quero ser, yeah
Vá pegar sua pá
Vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo, enterrar o castelo
Vá pegar sua pá
E nós vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo, enterrar o castelo


domingo, 5 de agosto de 2012

Mãe, eu te amo.



Musica que minha mãe cantou pra mim uma vez..
Nunca mais esqueci, e sempre me emociona ouvi-la.


Te amo mãe..

sábado, 4 de agosto de 2012

Mãe.



São 11:38 da noite de sábado. Tá esfriando..


Ontem conversei com a minha mãe pelo Facebook.
Uma conversa meio fria, vazia.
Ela nem queria falar comigo, mandou minha irmã dizer que estava tomando banho, mas veio logo após eu escrever: "Tudo bem, tô acostumada. Sempre que eu quero falar com a minha mãe, ela tá no banho ou o celular descarregou, ou ela tá dormindo.. tudo bem. Só diz pra ela que a neta dela tá melhor. Era só isso que eu queria falar!"
Acho que o remorso bateu, e ela veio.


Eu já estava aos prantos..
Mas a tratei com carinho, afinal, é minha mãe.


Ela disse que não sabia do acidente da minha filhinha e que não veio vê-la porque está trabalhando muito.
Não questionei, conheço minha mãe..


Ela disse que nunca mais vem na minha casa...
Que meu marido não aceita minha família, que ele finge gostar dela e dos meus irmãos.. Que mais cedo ou mais tarde ele vai fazer oque o marido da minha irmã fez.. e ela prefere evitar.


Absurdo!


Meu marido nem se interessa pelo meu passado.. muito menos pela história da minha família.


Minha mãe tá evitando se expor, expor o marido dela. Ela tem medo de o meu marido fazer o mesmo que o da minha irmã e questiona-la pela escolha de manter um pedófilo como marido.


Eu só queria viver em paz com ela, queria sentir que ela me ama, sentir amor de mãe.
Eu levei muito tempo pra engolir o fato de ela me negligenciar não só como mãe, mas como ser humano.
O marido dela abusou de mim dos 6 aos 9 anos. Aos 8 eu contei pra ela..
Aos 12, ele disse a ela que estava apaixonado por mim. Me lembro bem desse dia. Ela fervia de raiva de mim: "Tá se sentindo agora, né?? Você vai morar com o seu pai!!"
Ela me pegou pelo braço, me levou na frente dele: "Pede pra ele falar que te ama!! Não é isso que você quer ouvir?!"


E ela sempre repetia que oque acontece dentro de casa, fica dentro de casa!


Eu cresci acoada, me sentindo rejeitada, calada, chorando a cada vez que ouvia a cama deles bater na parede de madrugada..


Aos 15, tentei suicídio. Tomei chumbinho. Quando percebi que ia morrer de verdade, me arrependi e contei a ela, que me levou as presas ao hospital, quase inconsciente.
Fiquei 3 dias na U.T.I, mas 3 em observação. 


Nada mudou.
A vida seguiu como sempre: Um inferno.


E eu sempre questionava a Deus: Porque comigo?


Antes do meu padrasto sofri mais 2 abusos de pessoas diferentes. E depois dele, mais 1, de um vizinho nojento! Acho que tinha uns 9 anos.


Esses eu nunca contei pra ela. Ou pelo menos não me lembro de ter contado. Também de que adiantaria?


Sempre me senti como uma criança, agarrada à barra da saia dela, implorando por um pouco de amor.


Até que aos 17, eu presenciei a última cena nojenta do meu padrasto para comigo. Contei no post Menina Azul (http://blogmeninazul.blogspot.com.br/2011/08/menina-azul_27.html)..
Foi aí que tomei coragem, ergui a cabeça e saí de casa.
E foi a melhor coisa que eu fiz..
Um mês depois, recebi a noticia que minha mãe tinha ido na casa das minhas tias dizer pra não acreditarem em nada que eu dissesse, pois eu estava inventando mentiras sobre meu padrasto, que ele nunca tocou em mim e que eu estava afim de aruinar o casamento dela por revolta adolescente.
Fui chorando á casa dela, perguntando PORQUE?
 Ela só me olhou e disse: Se queria taaanto ajuda, porque não chamou a policia. Você tá falando que eu não fui boa mãe? --chorando.




Hoje, eu só quero ela perto de mim. Embora eu saiba que isso é praticamente impossível. Sinto falta de abraço de mãe, de colo. Tô passando por momentos tão dificeis e tô sem ninguem por mim.. Apenas eu mesma e um bebê pra criar. Com um futuro incerto e tanta magoa no coração.
Sinto vergonha quando me perguntam porque minha mãe não vem ver a Ju, ou porque ela nunca esta presente. Sempre digo que ela está atolada de trabalho ou está doente.


No fundo invejo meu esposo. 
Ele uma mãe amorosa, cuidadosa, protetora.
Que enche ele de beijos e mimos.
Que o defende acima de tudo e todos.


No fundo da minha alma nunca vou superar a falta de amor e toda essa frieza da minha mãe.





Queria que ela amasse minha filha, que viesse ve-la. Que pudessemos aproveitar um almoço no domingo, ir ao parque.. que ela se interessasse pela minha vida, meus problemas..
Poder dizer que entendo que ela deve sofrer muito também, mas que eu estou aqui. Que as escolhas dela, deve ser como fantasmas que assombram ela todos os dias.


E ainda assim, eu a  amo tanto..


Ela cantou essa musica pra mim uma vez e hoje, sempre que ouço choro horrores.


http://www.youtube.com/watch?v=c8_TfzEWJk0







Mãe, me perdoa se não fui a filha que você queria que eu fosse.
Eu tentei.
Tudo que posso fazer hoje, é pedir a Deus que abra seu coração e me deixe entrar nele.
Te amo imensamente.




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O poder da Fé

O testemunho do ex guitarrista de uma das minhas bandas favoritas: o Korn.


Vale a pena assitir.
Chorei. E espero que toque o coração de vocês também!